O assassinato é a mostra da realidade.

Olá meus caros. Bom, acho que diante do acontecido no Rio de Janeiro, estando ou não relacionado, é justo falar sobre isto aqui.

            Sabemos que o atentado foi cometido por Wellington, um cristão fervoroso com sérios problemas psicológicos, tremenda instabilidade mental. O que não aparece tanto, é que sua instabilidade não precisava acabar assim, pois além de seus motivos pessoais, estava a forma como lidou com seus problemas e as pressões impostas pela sociedade, pela religião, pela mídia... Enfim...

             Eu não quero muito falar sobre o acontecido, pois não é esta a minha intenção, minha intenção é abranger outro aspecto do ocorrido. Para quem leu a carta do assassino (apresentada no seguinte endereço: http://g1.globo.com/Tragedia-em-Realengo/noticia/2011/04/leia-trecho-da-carta-do-atirador-que-invadiu-escola-no-rj.html ), pode-se perceber o caráter radical-religioso contido lá. Não digo que este seja o motivo da loucura ou das mortes, aliás, vamos esquecer o ocorrido por um momento para pensar no seguinte fato: A grande parte da religião cristã não é mais, e praticamente nunca foi de Cristo. Não concorda? Bom, Cristo achava alguém impuro? Cristo defendeu uma prostituta (que por acaso é erroneamente relacionada a Maria Madalena), não é mesmo?

            Eu pensei a pouco o seguinte: Será que Jesus Cristo, que desejava a todos a paz, e pregava a tolerância e o amor, iria querer ser lembrado como um Mártir? Com imagens de crucificação e sofrimento, com lembranças de tortura, com sangue? A martirização de Cristo foi de certo uma forte publicidade, eu aceito isto. Mas após ela, quando ela já não é mais necessária, porque continuar batendo na mesma tecla?

            Porque não esquecer a história terrível e se manter atrelado aos ideais que ele propôs?

            Leia isto meu amigo cristão:
 

“Tomai cuidado para que ninguém vos afaste do caminho, dizendo: 'Por aqui' ou 'Por lá', pois o Filho do Homem está dentro de vós. Segui-o. Quem o procurar, o encontrará. Prossegui agora, então, pregai o Evangelho do Reino. Não estabeleçais outras regras, além das que vos mostrei, e não instituais como legislador, senão sereis cerceados por elas. “

            Sabes o autor do trecho acima? Ele mesmo, seu messias Jesus Cristo. Ele a todos amava, e de todos desejava o amor. Para todos queria a paz, mas os que o precederam a todos promoveram a dor, de todos criaram o ódio, e de todos exigiram obediência.

            Está na hora de abrir os olhos para seu próprio salvador, está na hora de pacificar, de mostrar a luz, e não temer a escuridão. Você consegue?

Octavio Milliet